domingo, 12 de julho de 2009

Física médica.




Física médica (ou Física em medicina) é o uso dos conhecimentos da física para a medicina. Geralmente, sua aplicação é utilizada para imagens médicas e radioterapia, embora um físico médico pode trabalhar também em outras áreas da saúde.
Esse ramo da física multidisciplinar - pois trabalha com conceitos e técnicas básicas e específicas de física, biologia e medicina - possui um grande campo de atuação. Aplica os fundamentos físicos de múltiplas técnicas terapêuticas, proporcionando bases e compreensão para as modernas tecnologias médicas e estabelecendo critérios de utilização dos agentes físicos na área de saúde.
A física médica também participa, em conjunto com outras profissões, na elaboração das bases necessárias de medida das variáveis biomédicas, desde calibração de equipamentos e medições de controle de proteção radiológica até controle de qualidade nos equipamentos físicos empregados na área da saúde.

História

Ilustração da experiência de Galvani com pernas de sapos.
A física médica foi criada quando avanços da física puderam ser incorporados à área médica. Leonardo da Vinci, no século XVI, pode ser considerado como o primeiro físico médico pelos seus estudos de biomecânica como a locomoção humana e o movimento do coração e do sangue no sistema cardiovascular.
Os conhecimentos físicos de óptica possibilitaram a invenção do microscópio, que por sua vez ajudou os médicos a compreenderem melhor as estruturas biológicas assim como a descobrir a existência dos microorganismos no século XVII.
No século XVIII, o cientista e médico italiano Luigi Galvani descobriu que músculos e células nervosas eram capazes de produzir eletricidade. A partir dessa relação entre eletricidade e corpo humano, assim como o avanço da ciência do eletromagnetismo no século XIX, novas contribuições ao tratamento e ao diagnóstico médico puderam ser feitas por cientistas como D’Arsonval. O desenvolvimento da eletrocardiografia e da eletroencelografia só foi possível com tecnologias como voltímetros gravadores de sensibilidade e o galvanômetro criado por Einthoven. Esses conhecimentos deram origem à novas áreas como a bioeletricidade e o bioeletromagnetismo.
Um exemplo notável de cientista cujos trabalhos em física e em medicina se confundiam é Hermann von Helmholtz. Seu primeiro trabalho científico foi feito sobre a conservação de energia, inspirado em seus estudos sobre o metabolismo do músculo. Também revolucionou o campo da oftalmologia quando inventouo oftalmoscópio e realizou estudos sobre acústica e audição.
Uma radiografia feita por Röntgen.
Um dos último objetos de estudo de Helmholtz foi o eletromagnetismo, sendo o primeiro a demonstrar a radiação eletromagnética, onde a posterior descoberta do raio-X pelo alemão Wilhelm Conrad Röntgen em 1895 está inserida. O achado rendeu-lhe o primeiro Prêmio Nobel de Física e abriu caminho para estudos que renderiam o terceiro prêmio, dado a Antoine Henri Becquerel, Pierre e Marie Curie pelas observações e interpretações de resultados sobre as emissões de partículas provenientes de corpos radioativos (radioatividade). Já em 1908, por formular hipóteses sobre substâncias radioativas, Ernest Rutherford foi laureado com o Nobel de Química.
Além desses, muitos outros dos primeiros cientistas receberam o Nobel pelos seus trabalhos com a radioatividade. Apesar de sua utilização na medicina ser datada desde sua própria descoberta, os perigos de uma utilização não controlada foram também evidenciados e alguns desses cientistas morreram em decorrência disso.
A atividade de raios-X e radioatividade no diagnóstico e na terapêutica foi responsável pela introdução do físico no hospital. O físico e matemático suíço Theophil Friedrich Christen doutorou-se em medicina em 1905. Por razões de treinamento médico, visitou importantes hospitais em Londres e nos EUA. Depois de retornar da América, abriu em Berna uma clínica médica onde se ocupou principalmente da ainda recente Radiologia e se preparou para o exame de habilitação em fisioterapia. Em 1908, diante da Faculdade de Medicina de Berna, na área de física médica, defendeu uma tese não convencional para a época: "A Clareza das Chapas Médicas como Problema de Absorção"[3]. Um hospital em Boston, nos EUA, o físico William Duane iniciou um trabalho com fontes de radônio para o tratamento de câncer em 1913. No mesmo ano outro físico chamado Sydney Russ também começou a trabalhar no Middlesex Hospital em Londres. O mesmo trabalho de Duane foi feito por Gioacchino Failla em Nova York no ano de 1915.
Como disciplina, estava criada a física médica. Na década de 50 médicos e profissionais de física médica já atuavam em conjunto. Nas décadas de 60 e 70 foram criadas legislações que estabeleceram a presença deste profissional em algumas áreas médicas, como por exemplo em radioterapia e medicina nuclear. No Brasil, esta área foi melhor estruturada com a criação em 1969 da Associação Brasileira de Física Médica (ABFM).
Atualmente a física médica é desenvolvida principalmente nas áreas de radiologia diagnóstica e intervencionista, medicina nuclear, radioterapia, radiocirurgia, proteção radiológica, metrologia das radiações, biomagnetismo, radiobiologia, processamento de sinais e imagens biomédicas, clínica e epidemiológica.
Apesar do surgimento da física médica estar associado ao uso da radiação ionizante, essa disciplina não se restringe a esse tipo de radiação. Assim, a crescente contribuição da física médica é uma conseqüência natural da evolução da ciência moderna e da t O profissional
Com a rápida evolução da medicina, o físico é cada vez mais atuante em áreas que envolvam Radiação, Laser e Campos Eletro-magnéticos. Em áreas como Medicina Nuclear e Radiodiagnóstico, o físico atua como pesquisador e no controle de qualidade dos diversos equipamentos. Na Radioterapia, além da pesquisa e controle de qualidade, o físico médico é o responsável pela dosimetria clínica (cálculos que envolvam o paciente) e pela radioproteção dos funcionários e do público.
Os físicos médicos trabalham também em muitas outras áreas da saúde. Um departamento de física médica pode ser baseado ou em um hospital ou em uma universidade e seus trabalhos prováveis incluem a pesquisa, o desenvolvimento técnico e as consultas clínicas.
Hoje a CNEN e a Vigilância Sanitária exigem a figura de um físico médico especialista para estes estabelecimentos médicos.

Bioeletricidade.

Pulsos elétricos
A eletricidade é um processo natural em nosso organismo e envolve células especiais no cérebro e em todo o corpo. Cada padrão da luz, som, calor, dor, cada contração muscular dos dedos, cada pensamento, é traduzido em uma seqüência de pulsos elétricos.
Os mecanismos elétricos que promovem esta comunicação entre as células ocorrem em uma solução, com as substâncias e elementos necessários dissolvidos na água. Quando uma substância como o sal (NaCl) se dissolve na água, em moléculas e átomos, ela deixa de existir propriamente. Os átomos perdem ou ganham elétrons tornando-se partículas, flutuando livremente, chamadas de íons (no caso do sal, ele se tornará cloreto de sódio ou seja, Na+ Cl-).
Os íons possuem cargas positivas e negativas, e o movimento desses íons carregados dentro e fora da célula viva possuem eletricidade. As organelas de um neurônio são encaixados internamente nos citoplasmas que sejam compostos na maior parte de água, de proteínas e de sais inorgânicos. Externamente, são banhadas também pelas substâncias que alimentam a célula, criando condições para que possa ser realizado o trabalho. A habilidade das células nervosas em processar a informação elétrica depende das propriedades especiais da membrana celular, que controla o fluxo de substâncias nutritivas do lado interno da células. Canais sobre a membrana permitem que uma substância passe do meio interno para o meio externo da célula e vice-versa. Os movimentos iônicos através dos canais são influenciados pelo processo de osmose, promovendo a difusão da eletricidade. Bioeletromagnetismo
Células biológicas usam a bioeletricidade para armazenar energia metabólica, fazer trabalho ou desencadear mudanças internas, entre um sinal elétrico e outro. O Bioeletromagnetismo é o resultado da ação da corrente elétrica produzida por potenciais de ação junto com os campos magnéticos gerados pelo fenômeno de indução eletromagnética.
O Bioeletromagnetismo é estudado principalmente pelas técnicas de eletrofisiologia. No século XVIII, o médico e físico italiano, Luigi Galvani, registrou o fenômeno enquanto dissecava uma em uma mesa onde ele havia conduzido experiências com eletricidade estática. Galvani cunhou o termo eletricidade animal para descrever o fenômeno, enquanto contemporâneos chamavam de galvanismo. Galvani e seus contemporâneos consideravam a ativação de músculo como resultando de uma substância fluída elétrica que percorria os nervos.
O Bioeletromagnetismo é um aspecto comum a todos as coisas vivas, incluindo plantas e animais. . A Bioenergética estuda o relacionamento das energias dos organismos vivos. A Biodinâmica trabalha com a utilização de energia e as atividades dos organismos. Alguns animais têm sensores apurados para detectarem a bioeletricidade e são altamente sensíveis a campos magnéticos, os pássaros migratórios por sua vez utilizam um sistema de navegação baseado no campo magnético da Terra. Também os tubarões, são mais sensíveis ainda, quanto a interatividade para monitorar os campos eletromagnéticos imperceptíveis para a maioria de seres humanos. Outros animais, tal como a enguia elétrica, são capazes de gerar grandes campos elétricos ao redor de seus corpos.
Dentro do campo das ciências, engenheiros biomédicos projetam e fazem uso de conceitos e teorias de circuitos eletrônicos, biologia molecular, farmacologia, e bioeletricidade. O Bioeletromagnetismo é associado com os biorrítmos e a cronobiologia. O Biofeedback é usado em fisiologia, e a psicologia utiliza para controlar ciclos rítmicos das características emotivas, mentais, físicas e também como uma técnica para ensinar o controle sobre funções bioelétricas.
O Bioeletromagnetismo envolve a interação de íons. O Bioeletromagnetismo é às vezes difícil de entender devido aos tipos de bioeletricidade divergentes, tal como inspirações, mioeletricidade (ex., fenômenos relativos aos músculos do coração), e outras subdivisões relacionadas dos mesmos fenômenos gerais de bioeletromagnetismo. Estes fenômenos são de grande importância e inspiração para os estudiosos e neurofisiologistas que estudam onde ocorrem as flutuações de voltagem bioeletromagnética entre partes do córtex cerebral, que poder ser detectáveis através de um eletroencefalografia. Este assunto é estudado principalmente com o uso de eletroencefalogramas ou "EEG."

Condutores de volume
As diretrizes normais de projetos elétricos são baseadas em 3 unidades fundamentais, a saber: Resistência, Tensão & Corrente são vistas como valores não homogêneos. No entanto, em Bioeletromagnetismo estas 3 unidades fundamentais são tratadas como um único objeto homogêneo, o método de modelo visual utilizado para trabalhar com esta regra é chamado de Condutores de volume.

História e epistimológia da física.

O que é a Física?
Física é a ciência que estuda a natureza em seus aspectos mais gerais. O termo vem do grego φύσις (physiké), que significa natureza. Atualmente, é dificílimo definir qual o campo de atuação da física, pois ela aparece em diferentes campos do conhecimento que, à primeira vista, parecem completamente descorrelacionados.
Como ciência, faz uso do método científico. Baseia-se essencialmente na matemática e na lógica quando da formulação de seus conceitos.O que faz a Física
A física estuda a natureza. Entretanto, outras ciências também o fazem: a Química, a Biologia, a Geologia, a Economia (ainda que seja a natureza humana), etc. Como definir a área de atuação de cada uma delas? Esta é uma pergunta difícil, sem resposta consensual. Ainda mais quando áreas interdisciplinares aparecem aos montes: Físico-Química, Biofísica, Geofísica, Econofísica, etc.
Alguns dizem que físicos estão interessados em determinar a natureza do espaço, do tempo, da matéria, da energia e das suas interações. Esta definição excluiria certas áreas mais novas da física que trabalham com a biologia, por exemplo.
Outros dizem que Física é a única ciência fundamental e que estas divisões são artificiais, ainda que tenham utilidade prática. Seu argumento é simples: a Física descreve a dinâmica e configuração das partículas fundamentais do universo. O universo é tudo que existe e é composto destas partículas. Então todos os fenômenos, eventualmente abordados em outras ciências, poderiam ser explicados em termos da física destas partículas. Seria como dizer que todos os resultados das outras ciências podem ser derivados em bases físicas. Isso já contece com explicações de fenômenos antes demonstrados pela Química e hoje explicados pela Física (Veja Química Quântica). Entretanto, ainda não é muito fácil explicar a grande maioria dos fenômenos de outros ramos da ciência, pois isto envolve campos ainda não explorados e uma matemática muito elaborada.
Com base nisso, alguns chegam a sugerir que até mesmo o cérebro um dia poderá ser descrito por uma equação ou um conjunto de equações matemáticas (muito provavelmente envolvendo muitos argumentos de probabilidade).
Há os que argumentam que as divisões da ciência têm origem social e histórica e que definições de física são forjadas para tentar reunir todas as pessoas que são aceitas como físicos pela sociedade.
Talvez quem esteja certo seja quem acredite na máxima:
Físicos são pessoas diferentes, em lugares diferentes, fazendo coisas diferentes.
Divisões
Como outras ciências, a Física é dividida de acordo com diversos critérios. Em primeiro lugar há uma divisão fundamental entre física teórica, física experimental e física aplicada. (Os dois primeiros ramos se reúnem sob a denominação pesquisa básica.)
* A física teórica procura definir novas teorias que condensem o conhecimento advindo das experiências; também vai procurar formular as perguntas e os experimentos que permitam expandir o conhecimento.* A física experimental conduz experimentos capazes de validar ou não teorias científicas, ou mesmo corrigir aspectos defeituosos destas teorias.* A física aplicada trata do uso das teorias físicas na vida cotidiana.
Uma outra divisão pode ser feita pela magnitude do objeto em análise. A física quântica trata do universo do muito pequeno, dos átomos e das partículas que compõem os átomos; a física clássica trata dos objetos que encontramos no nosso dia-a-dia; e a física relativística trata de situações que envolvem grandes quantidades de matéria e energia.
Mas a divisão mais tradicional é aquela feita de acordo com as propriedades mais estudadas nos fenômenos. Daí temos a Mecânica, quando se estudam objetos a partir de seu movimento ou ausência de movimento, e também as condições que provocam esse movimento; a Termodinâmica, quando se estudam o (calor), o trabalho, as propriedades das substâncias, os processos que as envolvem e as transformações de uma forma de energia em outra; o Electromagnetismo quando se analisam as propriedades elétricas, aquelas que existem em função do fluxo de elétrons nos corpos; a Ondulatória, que estuda a propagação de energia pelo espaço; a Óptica, que estuda os objetos a partir de suas impressões visuais; a Acústica, que estuda os objetos a partir das impressões sonoras; e mais algumas outras divisões menores.Áreas da Física
em ordem alfabética:
* Acústica* Astrofísica* Biofísica* Ciência planetária* Cosmologia* Dinâmica dos fluidos* Econofísica* Electromagnetismo* Eletrônica* Física atmosférica* Física atômica* Física biomédica* Física computacional* Física da computação* Física da matéria condensada* Física de materiais* Física de partículas* Física de Plasmas* Física matemática* Física médica* Física molecular* Física Nuclear* Física oceânica* Física química* Geofísica* Mecânica clássica* Mecânica estatística* Mecânica quântica* Óptica* Relatividade geral* Relatividade restrita* Teoria clássica de campos* Teoria quântica de campos* Termodinâmica* Termologia
Filosofia da física
Muito sobre a filosofia que envolve a física pode ser encontrado em Filosofia, Metafísica,Ciência e método científico. Entretanto, existem filosofias peculiares à Física que serão mencionadas aqui.
Uma delas é o Determinismo Científico. Assumido que tudo não passa de partículas e que seu movimento é determinado para todo o tempo quando determina-se a posição e a velocidade da partícula no momento atual, pode-se dizer que todo o futuro já está determinado. O Demônio de Laplace nasce assim, apesar de ter sido arranhado pela Mecânica Quântica quanto a sua definição e pelo Caos quanto a sua implementação.
Extensões desse pensamento centrado no Determinismo Científico adequadamente adaptadas às dificuldades teóricas têm conseqüências filosóficas profundas, por exemplo: se aceitamos que o cérebro comanda todas as ações humanas e se o cérebro é feito apenas de átomos (governados apenas por leis da Física), é preciso perguntar se realmente a pessoa tem livre-arbítrio para controlar seu comportamento. No entanto, há um debate se cabe à Física ou à Metafísica responder a estas questões filosóficas.
Outra é a busca e a crença em uma teoria geral, única, consistente que descreva todos os processos do universo. Tal teoria deveria contemplar a Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade como casos especiais, bem como todas as outras teorias existentes. Também deveria ser baseada apenas em argumentos matemáticos, ou seja, sem nenhuma constante fundamental. Várias teorias já foram consideradas esta teoria fundamental, por exemplo, a Supersimetria. Entretanto, esta é uma questão aberta, e talvez sempre seja.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

QUEBRA-PEDRA AJUDA NA DEFESA DO ORGANISMO.


Um composto extraído da planta Phyllanthus niruri, popularmente conhecida como quebra-pedra, é capaz de estimular o sistema imunológico, como mostrou um estudo feito na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Outras pesquisas já haviam comprovado a eficácia da quebra-pedra na inibição de cálculos renais e no combate à hepatite B, entre outros males. Mas esta é a primeira vez que se tem notícia da ação imunoestimulante de algum componente da erva, largamente consumida por meio de chás. O trabalho foi realizado pela farmacêutica Caroline Mellinger durante a elaboração de sua tese. Os experimentos tiveram início com a extração e a purificação da molécula de arabinogalactana, a partir da infusão de folhas de quebra-pedra, visando identificar a estrutura do carboidrato. Após a caracterização formal da substância, os pesquisadores avaliaram, em células de camundongos, seu efeito sobre o sistema imunológico e constataram um aumento significativo na produção de macrófagos (células de defesa). Os resultados da primeira etapa da pesquisa foram publicados no Journal of Natural Products, da Sociedade Norte-americana de Química. Estudos da equipe da UFPR mostraram que a molécula de arabinogalactana, em contato com o suco gástrico, sofre alterações e se fragmenta, sem, no entanto, perder sua capacidade de ação sobre as células do sistema imunológico. Os resultados alcançados a partir da realização desses estudos são bastante promissores e ampliam ainda mais o já conhecido poder fitoterápico da popular quebra-pedra. Um composto extraído da planta Phyllanthus niruri, popularmente conhecida como quebra-pedra, é capaz de estimular o sistema imunológico, como mostrou um estudo feito na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Outras pesquisas já haviam comprovado a eficácia da quebra-pedra na inibição de cálculos renais e no combate à hepatite B, entre outros males. Mas esta é a primeira vez que se tem notícia da ação imunoestimulante de algum componente da erva, largamente consumida por meio de chás. O trabalho foi realizado pela farmacêutica Caroline Mellinger durante a elaboração de sua tese. Os experimentos tiveram início com a extração e a purificação da molécula de arabinogalactana, a partir da infusão de folhas de quebra-pedra, visando identificar a estrutura do carboidrato. Após a caracterização formal da substância, os pesquisadores avaliaram, em células de camundongos, seu efeito sobre o sistema imunológico e constataram um aumento significativo na produção de macrófagos (células de defesa). Os resultados da primeira etapa da pesquisa foram publicados no Journal of Natural Products, da Sociedade Norte-americana de Química. Estudos da equipe da UFPR mostraram que a molécula de arabinogalactana, em contato com o suco gástrico, sofre alterações e se fragmenta, sem, no entanto, perder sua capacidade de ação sobre as células do sistema imunológico. Os resultados alcançados a partir da realização desses estudos são bastante promissores e ampliam ainda mais o já conhecido poder fitoterápico da popular quebra-pedra.

INTELIGÊNCIA DOS GOLFIMHOS É CONSTATADA.


Um recente artigo publicado na Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society contesta a imagem de animal inteligente dos golfinhos. Paul Manger, neurologista Sul-africano diz que o cerébro destes animais apesar de grande não é feito para processar informações mas para resistir as fortes variações de temperatura dos mares. O polêmico autor do artigo ainda faz desdém do fato de os golfinhos de cativeiro não pularem dos tanques na tentativa de expandir o ambiente em que vivem. Manger sugere que diferente de alguns peixes de aquário, a idéia do pulo para a liberdade nem sequer passa pela mente do golfinho. Para nós aqui do Jornal da Biologia parece difícil que os golfinhos sejam tão idiotas quanto este estudo diz. Afinal, peixes de aquário diferentemente dos golfinhos não são capazes de interagir com os homens com tanta sofisticação quanto os golfinhos. Além de tudo os golfinhos são extremamente brincalhões e, segundo a Wikipédia, nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução.

DESCOBERTOS FÓSSEIS IMPORTANTES NA AMAZÔNIA

Um grupo internacional de pesquisadores anunciou a primeira descoberta de insetos e aracnídeos fossilizados na Floresta Amazônica, encontrados em uma jazida próxima à cidade peruana de Iquitos. Trata-se da primeira descoberta deste tipo na região oeste da Amazônia, que demonstra "a existência precoce de uma grande biodiversidade na região", afirmou o Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS), responsável pela descoberta. Entre as espécies descobertas, fossilizadas em pedaços de âmbar, estão alguns aracnídeos, os artrópodes terrestres mais antigos descobertos nesta parte do planeta. As descobertas datam do período Mioceno médio, entre quinze e vinte milhões de anos atrás.

MORTE CELULAR







A necrose é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis. Segundo Guidugli-Neto (1997), o conceito de morte somática envolve a "parada definitiva das funções orgânicas e dos processos reversíveis do metabolismo". A necrose é a morte celular ou tecidual acidental em um organismo ainda vivo, ou seja, que ainda conserva suas funções orgânicas. Vale dizer que é natural que a célula morra, para a manutenção do equilíbrio tecidual. Nesse caso, o mecanismo de morte é denominado de "apoptose" ou "morte programada".

Corpo apoptótico (seta) de célula epitelial em neoplasia maligna em língua. A desrregulação do sistema genético celular devido à desdiferenciação (volta ao estágio embrionário), característico do processo neoplásico maligno, pode explicar a observação da morte programada dessas células
A etiologia da necrose envolve todos os fatores relacionados às agressões, podendo ser agrupadas em agentes físicos, agentes químicos e agentes biológicos:
1) Agentes físicos: Ex.: ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;
2) Agentes químicos: compreendem substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex.: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis etc.
3) Agentes biológicos: Ex.: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas etc.
Transformações nucleares e citoplasmáticas observadas nas células de baço que sofreram necrose por coagulação. Em A, observam-se as células normais que compõem o baço; em B, núcleo em picnose, com diminuição de volume e intensa basofilia (hipercromatismo); em C, cariorrexe, ou seja, distribuição irregular da cromatina, a qual se acumula na membrana nuclear; nessa fase, o núcleo pode se fragmentar (D); em E, dissolução da cromatina e desaparecimento da estrutura nuclear. Observa-se também granulação do citoplasma, o qual se torna também intensamente eosinofílico (HE, 1000X)
As mudanças na morfostase se dão, principalmente, nos núcleos, os quais apresentam alteração de volume e de coloração à microscopia óptica. Essas alterações são denominadas de:
1) Picnose: o núcleo apresenta um volume reduzido e torna-se hipercorado, tendo sua cromatina condensada; característico na apoptose;
2) Cariorrexe: a cromatina adquire uma distribuição irregular, podendo se acumular em grumos na membrana nuclear; há perda dos limites nucleares;
3) Cariólise ou cromatólise: há dissolução da cromatina e perda da coloração do núcleo, o qual desaparece completamente.
Já as modificações citoplasmáticas observadas ao microscópio óptico (essas modificações são secundárias às nucleares, sendo visíveis mais tardiamente) consistem na presença de granulações e espaços irregulares no citoplasma. Este torna-se opaco, grosseiro, podendo estar rompida a membrana citoplasmática. Intensa eosinofilia é característica, decorrente de alterações lisossomais e mitocondriais.
O tecido necrótico é caracterizado por intensa eosinofilia, devido à diminuição de pH oriunda da autólise. Nesse campo, ainda é possível visualizar a estrutura celular e alguns núcleos em diferentes estágios de perda de estrutura; com a evolução do processo de autodigestão, a tendência é a estrutura célula desaparecer completamente (HE, 1000X).
As mudanças na homeostase ainda constituem capítulo obscuro na patologia segundo Guidugli-Neto (1997). Estudos moleculares têm mostrado que o primeiro evento observado é a alteração na bomba de sódio e potássio, provocando edema intracelular. O metabolismo celular é mantido graças à glicólise; acabando-se a reserva de glicogênio, ácidos são acumulados no interior da célula (principalmente ácido lático), o que leva à diminuição do pH. A acidez provoca a liberação de enzimas lisossomais, o que gera a hidrólise de proteínas essenciais para a célula (processo denominado de autólise) (Guidugli-Neto, 1997).Observa-se que a perda da homeostase envolve o sistema respiratório celular (as mitocôndrias), o sistema enzimático (os lisossomas) e o sistema de membranas, o qual parece ter um papel crucial para o estabelecimento de lesões irreversíveis na célula.

A ORIGEM DA LUA.



Não se sabe ao certo como a lua se originou, mas existem inúmeras teorias que relatam seu aparecimento em órbita. A teoria mais aceita hoje diz que a lua se formou através de uma colisão entre o planeta Terra e um corpo do tamanho de Marte, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos.
Acredita-se que o choque entre os dois corpos aconteceu na última fase do processo de formação da Terra, quando parte do seu núcleo se perdeu. Uma nuvem de poeira se formou sobre a Terra em razão da colisão.
A parte perdida do núcleo sofreu um processo de condensação e se aproximou do plano da eclíptica, que fez com que este núcleo condensado entrasse em órbita. Sua temperatura após a condensação explica a ausência de compostos voláteis nas rochas lunares.

TENSÃO SUPERFICIAL



É uma camada na superfície do líquido que faz com que sua superfície se comporte como uma membrana elástica que não deixa o objeto adentrar-los, ou seja, afundar.